segunda-feira, 27 de abril de 2009

sábado, 18 de abril de 2009

Batalha de Aljubarrota – numa versão resumida

A batalha de Aljubarrota travou-se em Aljubarrota, como o próprio nome indica, no final da tarde do

dia 14 de Agosto de 1385, entre tropas portuguesas, comandadas por D. João I Mestre de Avis rei de Portugal e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira, e o exército castelhano de D. Juan I de Castela.

A batalha deu-se no campo de S. Jorge, nas imediações da vila de Aljubarrota, entre as localidades de Leiria e Alcobaça no centro de Portugal.

O resultado foi uma derrota definitiva dos castelhanos e o fim da crise de 1383-1385, e a consolidação de D. João I como rei de Portugal, o primeiro da dinastia de Avis ou Joanina.
A paz com Castela só veio a estabelecer-se em 1411
(séc. XV).

Mais em: Fundação Batalha Aljubarrota


sábado, 11 de abril de 2009

A Páscoa

A palavra Páscoa vem do hebraico Pessach, que significa ressurreição, vida nova. Os antigos hebreus foram os primeiros a comemorar a Páscoa. Em termos históricos, ela celebra a libertação dos hebreus da escravidão no Egipto e a passagem através do Mar Vermelho. É com o sentido de libertação que, até hoje, os judeus celebram esta festa.

Para os cristãos, a Páscoa é a celebração da ressurreição de Jesus Cristo. Ela é a principal festa do ano litúrgico cristão e, provavelmente, uma das mais antigas, pois surgiu nos primeiros anos do cristianismo. Por ser uma data móvel, no Hemisfério Norte (a datação da Páscoa baseia-se no calendário lunar que o povo hebreu usava para identificar a Páscoa judaica, razão pela qual a Páscoa é uma festa móvel no calendário romano), a Páscoa coincide com a chegada da primavera, assim o Pessach também é a festa do início da colheita e da chegada da nova estação.

Nos Estados Unidos, as crianças caçam o ovo no domingo de Páscoa. Os ovos cozidos e decorados com tintas, são escondidos pelos pais no quintal ou dentro de casa.

Na Bélgica e na França, o silêncio invade as cidades, pois os sinos das igrejas não tocam entre a Sexta-feira da Paixão e o Domingo de Páscoa. Diz a lenda que os sinos voam para Roma até a Páscoa e quando voltam, deixam cair ovos para que as pessoas encontrem.

Na Bulgária, há o costume de colorir ovos cozidos após a missa na Quinta-feira Santa. Também fazem pães pascais chamados kolache ou kozunak (parecidos com o Panetone). Um pão é decorado com número ímpar de ovos vermelhos e levado à igreja na madrugada de sábado. Os pães e ovos são abençoados e dados aos amigos turcos da família.

A Páscoa da Suécia lembra o dia das bruxas americano. Na quinta-feira Santa ou na véspera da Páscoa, as crianças suecas vestem-se de bruxos, visitam seus vizinhos e deixam um cartão decorado para conseguir doce ou dinheiro.

Na Índia promove-se o festival Holi, para lembrar como o deus Krishna apareceu. As pessoas dançam, tocam flautas e fazem comidas especiais. Então, é hora de visitar os amigos e experimentar o que cada um preparou. O dono da casa costuma marcar a testa de seus convidados com pó colorido.

Já na China, acontece o Ching-Ming. Durante essa festividade, as pessoas visitam os túmulos de seus ancestrais e fazem oferendas, como refeições e doces. O objectivo é deixar os ancestrais satisfeitos com seus descendentes.

Na Europa Oriental, Ucrânia, Estónia, Lituânia e Rússia, as pessoas presenteiam parentes e amigos com ovos coloridos.

Os arménios decoravam cascas de ovos intactos com figuras cristãs, da Virgem Maria e outros temas religiosos.

Em síntese: A Páscoa é uma festa antiquíssima, presente nas mais diversas culturas, mas com dois pontos comuns: a celebração da vida e o amor ao próximo.

FELIZ PÁSCOA



sexta-feira, 10 de abril de 2009

Síntese do episódio de Inês de Castro

1- Tipo de episódio: Lírico
2- Canto: III
3- Plano: História de Portugal
4- Narrador: Vasco da Gama (omnisciente e subjectivo)
5- Argumentos de Inês:
a) Oposição entre a crueldade dos homens e piedade dos animais selvagens pelas crianças (est.126);
b) Não é humano matar uma donzela inocente (est.127);
c) Invocação da sua fraqueza da sua inocência e da orfandade dos seus filhos (est.127);
d) Pedido de clemência (est.128);
e) Sugestão de exílio na Cítia ou na Líbia; ou entre os leões e tigres (129);
6- Evolução psicológica de D. Afonso IV:
1º Determina matar Inês, por causa do murmurar do povo e do filho que não se queria casar com outra mulher (est.122-123);
2º Condói-se de Inês quando a vêm as crianças (est.124);
3º O Rei é persuadido pelo povo com falsas e ferozes razões (est.124);
4º Depois de a ouvir, queria perdoar-lhe (est.130);
5º O povo convence o Rei a matá-la (est.130);
7- Características da tragédia clássica presentes no episódio de Inês:
a) Personagens de alta estirpe social: Depois de ser morta foi rainha (est.118)
b) Presença de sentimentos de piedade e horror:
Já movido a piedade (est.124); horríficos algozes (est.124); brutos matadores (est.132); férvidos e irosos (est.132); olhos piedosos (est.125).
c) Presença do destino que castiga personagens inocentes: Que a fortuna não deixa durar muito… (est.120); E o seu destino (que desta sorte o quis) (est.130)
d) Existência de um ponto culminante
Decisão de matar e morte de Inês (est.130-132)
e) Existência de um coro que vai comentando as partes mais trágicas.
contra uma dama, ó peitos carniceiros, Feros vos amostrais e cavaleiros? (est.130)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Pedro e Inês

Inês e os poetas


Inês Morreu

inês morreu e nem se defendeu
da morte com as asas das andorinha
pois diminuta era a morte que esperava
aquela que de amor morria cada dia
aquela ovelha mansa que até mesmo cansa
olhar vestir de si o dia a dia
aquele colo claro sob o qual se erguia
o rosto envolto em loura cabeleira
pedro distante soube tudo num instante
que tudo terminou e mais do que a inês
o frio ferro matou a ele.
Nunca havia chorado é a primeira vez que chora
agora quando a terra já encerra
aquele monumento de beleza
que pode pedro achar em toda a natureza
que pode pedro esperar senão ouvir chorar
as próprias pedras já que da beleza
se comovam talvez uma vez que os humanos
corações consentiram na morte da inocente inês
E pedro pouco diz só diz talvez
satanás excedeu o seu poder em mim
deixem-me só na morte só na vida
a morte é sem nenhuma dúvida a melhor jogada
que o sangue limpe agora as minhas mãos
cheias de nada
ó vida ó madrugada coisas do principio vida
começada logo terminada.

Ruy Belo. A Margem da Alegria, in Obra Poética.

História de Pedro e Inês

Para saber mais cliquem.