quarta-feira, 27 de maio de 2009

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Síntese do episódio Tempestade


Tipo de episódio: Naturalista

Canto: VI
Plano: simultaneidade de planos: da Viagem, do Maravilhoso

(e Plano da História de Portugal na chegada à Índia)
Narrador: Luís de Camões;

Responsável pela tempestade: Baco

Adjuvante dos portugueses: Vénus, pedindo às ninfas que seduzissem os ventos.



sábado, 16 de maio de 2009

Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação 2009

Celebra-se anualmente, a 17 de Maio, o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação. Este ano, as comemorações foram subordinadas pela União Internacional das Telecomunicações (UIT) ao tema «Protecção das crianças no ciberespaço», com o objectivo de lançar uma discussão alargada sobre a necessidade de garantir que as crianças possam aceder à Internet e aos seus valiosos recursos com segurança e sem receio de caírem nas mãos de predadores sem escrúpulos do ciberespaço.

O dia 17 de Maio foi eleito como Dia Internacional das Telecomunicações porque, nesse dia, em Paris, em 1865, foi fundada a União Telegráfica Internacional, que na década de 1930 transformou-se na União Internacional de Telecomunicações (UIT). A partir daí, o simbolismo das barreiras de tempo e espaço foi superado. O principal instrumento dessa transformação, que marcou o final do século XX e o alvorecer do século XXI, foram as telecomunicações, que constituem uma infra-estrutura essencial ao desenvolvimento económico, social e das actividades culturais, políticas e religiosas.

Há datas importantes que remetem aos primórdios das telecomunicações:

1791 - Claude Chappe faz em Paris, as primeiras demonstrações do funcionamento do telégrafo óptico.

1794 - A construção da linha telegráfica Paris-Lille é concluída com o emprego do telégrafo óptico de Chappe.

1800 - Alessandro Volta, físico italiano, inventa a pilha eléctrica.

1832 - Samuel Morse inventa o telégrafo eléctrico (patenteado em 1840). O telégrafo óptico já tinha atingido cinco mil km de linhas na França.

1850 - França e Inglaterra ligam seus portos (Calais e Dover), no canal da Mancha, por cabo submarino para transmissões telegráficas.

1854 - David Hughes, físico inglês, inventa um telégrafo impressor, o teletipo.

1865 - A União Telegráfica Internacional é fundada em Paris, em 17 de Maio. Em 1930, transforma-se na União Internacional de Telecomunicações (UIT), com sede em Genebra.

1876 - Alexander Graham Bell obtém a patente da invenção do telefone, concedida no dia 10 de Março.

1878 - O primeiro telefone público do mundo é instalado nos Estados Unidos.

1895 - Guilherme Marconi produz o primeiro aparelho de rádio.

1896 - Marconi obtém, em Londres, a primeira patente mundial para o telégrafo sem fios.

1920 - Nasce a radiodifusão.

1926 - As primeiras demonstrações de televisão são realizadas por Baird, na Inglaterra, e pelos Laboratórios Bell, nos Estados Unidos.

1928 - Baird faz as primeiras transmissões de televisão em cores.

1930 - A primeira vídeo-conferência pública é efectuada em Nova York.

1936 - A estação Britsh Broadcasting Corporation (BBC) inicia suas transmissões regulares de TV, em Londres.

1939 - O americano Guilherme González Camarena demonstra, na Cidade do México, o funcionamento da primeira TV em cores, embora Baird seja considerado pioneiro.

1946 - O Electronic Numerical Integrator and Calculator (Eniac), primeiro computador eletrônico do mundo, começa a funcionar na Universidade da Pensilvânia, utilizando 18 mil válvulas a vácuo.

1947 - Três cientistas dos Laboratórios Bell inventam o transistor.

1951 - Os norte-americanos fazem a primeira transmissão de um programa de TV em cores do mundo.

1952 - O cinerama é apresentado pela primeira vez publicamente.

1957 - O primeiro satélite artificial, o Sputnik-I, é lançado pela ex-união das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

1962 - O primeiro satélite mundial de telecomunicações, o Telstar, é construído pelos Laboratórios Bell.

1969 - A nave Apollo-XI é lançada ao espaço e o ser humano pisa pela primeira vez na Lua, em 20 de julho, com transmissão ao vivo pela TV.

1978 - A telefonia móvel celular é activada no Japão.

Esse avanço da tecnologia fez do presente uma era em que as relações internacionais se transformaram em uma necessidade social e económica. É comum que um grande número de pessoas dos países desenvolvidos viaje para todos os cantos do planeta, tornando imprescindível o estudo de idiomas, aproximando povos e culturas. Caem as barreiras comerciais e a economia desenvolve-se num mercado mundial. Os satélites artificiais e a fibra óptica permitem que todo tipo de informação - imagem, som, ou texto - circule quase instantaneamente entre os países. Essa rede de telecomunicações, constituída pelas info-vias, vem produzindo, cada vez mais, mudanças significativas no modo de vida das sociedades.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Adamastor VS Mostrengo

Quer Luís de Camões, quer Fernando Pessoa, dois dos maiores poetas portugueses, realçam nas suas obras Os Lusíadas e Mensagem, respectivamente, a importância dos Descobrimentos portugueses para Portugal e para o mundo, dando especial destaque para o dobrar do Cabo das Tormentas, a partir daí conhecido como o Cabo da Boa Esperança, pelas perspectivas de novas terras que a partir de então se poderiam conhecer.

A oposição da Natureza aos intentos dos Portugueses é metaforicamente representada tanto por Luís de Camões, através do Adamastor, como por Fernando Pessoa, que recorre ao Mostrengo para retratar esses medos.

O Adamastor é um episódio de Os Lusíadas situado no Canto V, no momento em que Vasco da Gama narra a sua viagem de Lisboa até ao Canal de Moçambique ao Rei de Melinde. "O Mostrengo" é um poema que se situa na segunda parte de Mensagem, " Mar Português", momento em que Fernando Pessoa retrata os Descobrimentos portugueses, realçando a ânsia pela conquista do desconhecido e o esforço heróico da luta com o mar.

Caracterização do Adamastor / Caracterização do Mostrengo

Ambas as figuras são disformes, poderosas e aterrorizadoras.

O Adamastor surge de uma nuvem com uma figura " robusta e válida", como um monstro horrendo de tamanho descomunal, " De disforme e grandíssima estatura "; rosto severo e barba suja, desalinhada; olhos "encovados" e negros; cabelos " cheios de terra e crespos"; " boca negra" e " dentes amarelos". Apresenta uma " cor terrena e pálida", tem uma " postura medonha e má" e a sua voz é horrenda e grossa, " pesada " e amarga.

O Mostrengo é caracterizado como uma figura que voa e chia, " imundo e grosso", que habita em cavernas, que pode ser entendido como metáfora dos perigos do mar.

Discurso do Adamastor/ Discurso do Mostrengo

O Adamastor inicia o seu discurso com um tom assustador, como se pode notar, por exemplo, em: " E da primeira armada, que passagem/ Fizer por estas ondas insofridas, /Eu farei de improviso tal castigo,/ Que seja mor o dano que o perigo!" ( est. 43, vv.5-8)

De igual modo, no discurso do Mostrengo nota-se uma forte agressividade e um tom de ameaça, como é evidente em expressões, tais como: "Quem vem poder o que só eu posso, / Que moro onde nunca ninguém me visse / E escorro os medos do mar sem fundo?" ( vv.14-16)

Todavia, deixa transparecer uma certa admiração e espanto, tal como o Adamastor, por este povo aventureiro que ousou o que jamais algum ser humano o fizera: " Ó gente ousada, mais que quantas/ No mundo cometeram grandes cousas,/ (...) Pois os vedados términos quebrantas/ E navegar meus longos mares ousas" (est. 42, vv.1-6)

É de notar a presença de funestas profecias por parte do Adamastor e que contribuem para intensificar o momento de terror que está a ser vivido pelos argonautas portugueses:" Antes, em vossas naus vereis, cada ano,/ (...)/ Naufrágios, perdições de toda a sorte, / Que o menor mal de todos seja a morte!" ( est.44, vv. 5-8 )

Contudo, no final deste episódio, o Adamastor deixa de lado a figura assustadora e medonha para dar lugar a um ser sofredor e castigado, mostrando assim uma faceta muito humana. Se por um lado representa uma figura causadora de sofrimento, por outro assume-se como um ser vítima de um fracasso amoroso: "Da mágoa e da desonra ali passada, / A buscar outro mundo, onde não visse/ Quem de meu pranto e de meu mal se risse." (est.57,vv.6-8) e " Comecei a sentir do fado immigo,/ Por meus atrevimentos, o castigo." (est.58, vv.7-8)

Pelo contrário, o mostrengo não é autor de profecias e mantém a sua postura horrenda do princípio ao fim, tendo sido vencido pela coragem e determinação dos Portugueses.

Reacção de Vasco da Gama e seus homens / Reacção do homem do leme

A aparição do gigante mitológico, a que Luís de Camões chamou Adamastor e Fernando Pessoa o Mostrengo, suscitou reacções semelhantes.

Vasco da Gama e os seus homens começam por sentir receio perante a visão horrenda do Adamastor: " Arrepiam-se as carnes e o cabelo / A mi e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo" (est.40, vv.7-8). No entanto, esse sentimento é depois substituído por uma certa admiração: " Lhe disse eu : " Quem és tu ? Que esse estupendo / Corpo, certo, me tem maravilhado !" " ( est. 49, vv. 3-4 ).

Tambem, no poema de Fernando Pessoa, o homem do leme revela sentimentos de temor e receio: "E o homem do leme tremeu e disse" (v. 17 ). Mas após as primeiras hesitações do homem do leme que sente vontade de fugir, de largar o leme, este acaba por reunir toda a sua determinação e permanecer no seu posto : "Três vezes do leme as mãos ergueu, / Três vezes ao leme as reprendeu" (vv.19-20 ) . Ele sente que essa não é apenas a sua vontade, mas a do povo português por ordem de D. João II: " Aqui ao leme sou mais do que eu : / Sou um Povo que quer o mar que é teu/ E mais que o Mostrengo, que me a alma teme / E roda nas trevas do fim do mundo, / Manda a vontade, que me ata ao leme, / De El-Rei D. João Segundo " (vv. 22 a 27 ).

O temor causado por esta figura não demoveu nem o homem do leme nem Vasco da Gama dos seus propósitos, terminando o episódio d'Os Lusíadas com um apelo de Vasco da Gama, pois mais horrendo que o aspecto do Adamastor eram as suas profecias para o futuro, tanto que pediu a Deus que lhes evitasse semelhante sofrimento.

Simbologias

O Adamastor e o Mostrengo, embora associados à representação do denominado Cabo das Tormentas, são personificações do medo e do receio que os navegadores revelavam ao enfrentar o desconhecido e o nunca antes navegado. Simbolizam também as histórias fantásticas relacionadas com seres monstruosos que habitavam os mares e que destruíam todos aqueles que tivessem a ousadia de entrar nos seus domínios, histórias essas em que os navegadores da época acreditavam.

O monstro representa ainda o guardião, que se encontra a impedir o acesso ao "tesouro", obrigando assim o homem a praticar um acto heróico e a vencer o medo. Primeiro, Bartolomeu Dias e seus homens, no reinado de D. João II, superaram os seus receios e provaram ser possível navegar para além do Cabo das Tormentas, a partir daí conhecido como cabo da Boa Esperança, e Fernando Pessoa imortalizou-lhes o mérito em " O Mostrengo". Depois, Vasco da Gama e seus homens, no reinado de D. Manuel I, descobriram o caminho marítimo para a Índia, chegaram até ao "tesouro", e Luís de Camões imortalizou-os na sua obra épica. (informação disponível na web)

Síntese do episódio do Adamastor


Tipo de episódio: Simbólico
Canto: V
Plano: Viagem


Narradores: Vasco da Gama e Adamastor

Narratários: Rei de Melinde e Vasco da Gama

Simbologia do Adamastor:
a) Geograficamente, simboliza o Cabo das Tormentas;
b) Historicamente, representa as dificuldades e obstáculos que os portugueses tiveram que enfrentar nas suas viagens;
c) Mitologicamente, significa a frustração amorosa pelo amor não correspondido;
d) O castigo por enfrentar os deuses.
Estrutura do episódio:



Momentos

Estâncias

Assunto


Introdução


37-38

Circunstâncias que preparam o aparecimento do Gigante.



Desenvolvimento



39-59

Caracterização do Adamastor (39-40)

Ameaças do Adamastor (41-48)

Interpelação de Vasco da Gama (49)

História do Amor por Tétis (50-59)



Conclusão



60

Desaparecimento do Adamastor e pedido de Vasco da Gama ao Santo coro dos Anjos para que afastasse os castigos anunciados pelo Gigante.



Caracterização do Adamastor:
"Hua figura, robusta e válida,
De disforme e grandíssima estrutura;
O rosto carregado, a barba esquálida,
Os olhos encovados, e a postura
Medonha e má, e a cor terrena e pálida;
Cheios de terra e crespos os cabelos,
A boca negra, os dentes amarelos."

"Tão grande era de membros…
Cum tom de voz nos fala, horrendo e grossa,…"

"…o monstro horrendo…
A boca e os olhos negros…
…com voz pesada e amara…"


domingo, 3 de maio de 2009

Síntese do episódio Batalha de Aljubarrota

Tipo de episódio: Bélico

Canto: IV

Plano: História de Portugal

Narrador: Vasco da Gama (subjectivo e omnisciente)

Causas da Guerra:
"Uns leva a defensão da própria terra,
Outros as esperança de ganhá-la."
"Outros a sede dura vão culpando
Do peito cobiçoso e sitibundo,
Que, por tomar o alheio…"

Consequências da guerra:
"Encobrem no profundo peito a dor
Da morte, da fazenda despendida,
Da mágoa, da desonra e triste nojo
De ver outrem triunfar de seu despojo"
"Que, por tomar o alheio, o miserando
Povo aventura às penas do Profundo, …"
"Deixando tantas mães, tantas esposas,
Sem filhos, sem maridos, desditosas."

Dia da Mãe


Porque a mãe merece o melhor...