sexta-feira, 4 de setembro de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
quarta-feira, 1 de julho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
terça-feira, 16 de junho de 2009
sábado, 13 de junho de 2009
Poemas – Declarações de Amor
De um advogado
Ao abrigo do artigo 123º Declaro a obrigatoriedade de um encontro Combinado através de um carteiro como se fosse a primeira vez que ficasse tonto. Em toda a eterna Ordem dos Advogados Estás legislada no meu coração Que cada vez está mais baralhado Com esta maravilhosa sensação Que se designa Amor.
Carlos, Henrique, Mário, Rodrigo, 9ºB | De uma Educadora de Infância
Estas tuas bochechinhas Macias como aquele ursinho Gostava que fossem minhas Na hora de dormir um soninho.
Quero tocar nos teus caracóis E sentir a tua pele de xuxu Curar os teus dói-dóis E brincarmos ao cucu.
Os teus lábios perfeitinhos Que dão vontade de dar umas beijocas Combinam com os olhos fofinhos Que usas para dar umas risadas.
Sinto-me aflita para entrar no teu coração Esse coração de mel que me fez apaixonar Num simples jogo de apagão Em que nós os dois quisemos brincar.
Margarida, Mariana Almeida, Mariana Pinto, Sandra, 9ºB |
De um Informático
No meu computador Vejo uma estrela cadente, Pareces tu minha flor Quando estás sorridente.
Nas minhas teclas escrevo o teu nome Que aparece no Word Como um lindo pronome.
Ligo a webcam E tu estás lá, Estás no MSN E eu estou cá!
Escrevo amor no Excel Que não é papel. Mas eu vou ir Imprimir.
Fiz um trabalho para TIC Sobre o amor belo Fi-lo sobre ti, Oh, meu doce caramelo!
Com tantos versos de amor Fiquei com a memória cheia, Comprei um disco externo Agora, ainda tenho dúzia e meia.
Agora que me doem as mãos De escrever no teclado, Vamos acabar aqui, E espero que agradeçam daí.
Ângela, João Durães, Nuno, Tiago, 9ºB
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De um político
Líder apaixonado
Política é a minha missão Mas contigo está o meu coração Para ti minha Filomena Espero que goste deste poema.
O homem grande que eu sou E que este país me viu ser O mesmo homem que sempre te amou E que sabe que nunca te pode ter.
Perante muitas pessoas discursei Mas perto de ti sempre fraquejei. Desde o primeiro momento que te olhei Até ao último que te deixei.
Nem toda a minha manha Serviu para ganhar a campanha Tanto quis ganhar que acabei por perder Tenho pena de nunca te ter podido ter.
Isabel, Joana, João Maria, José Gil, 9ºB |
De um relatador de futebol
Meu grande amor Meu bilhete para a final da Liga dos Campeões Vamos ali à tasca Comer uns feijões. Tu és como o Rui Patrício E eu como o Falcão Eu faço um remate E tu sofres um frangalhão. Como dizia o Jorge Perestelo: "Toma lá, la rapaqueca" Esta está lá dentro Tão boa como uma faneca. Nós os dois juntos Vamos fazer uma ninhada E como o outro dizia: "E lá vai outra chouriçada".
Diogo, Guilherme, João Atilano, Pedro, 9ºB | |
De um meteorologista
Antes de te conhecer, Meu Paraíso Tropical, Vivia em constante aguaceiro Mas para meu prazer O clima ficou normal Da minha vida levaste o nevoeiro.
Prevejo que estaremos juntos, Mas não venhas colar! Porque contigo as máximas vão estar altas E eu não posso suar.
Tal como aquele furacão que devastou terras Tu devastaste o meu olhar E como a lua e sol amanhã Vamos eclipsar Mas em zonas montanhosas Cuidado que vai nevar.
Eu sou a chuva e tu o sol O arco-íris juntos formamos E os ventos vão soprar fortes Com igual intensidade à que nos amamos.
Graça, Anabela, Inês, Marta, 9ºB |
Ser poeta – Concerto de Poesia
Decidi que vou ser poeta
Eu canto porque o instante existe E a minha vida está completa. A poesia não é um dialecto Para bocas irreais É condensar o mundo Num só grito Das palavras banais.
Catarina Isaza, 9ºE |
Poeta
Poeta Artista Um homem como outro qualquer. Constrói, distrai no seu de papel Se o julgas doido É porque não o entendes Se tem vida, mil desejos tens Pois ter sede de Infinito É ter sede de outro qualquer.
Tiago Freitas e Inês Fernandes, 9ºE |
Que é um Poeta?
Um Homem Que tem fome Como qualquer outro homem.
E há poetas que são artistas E ser poeta é Ser mais alto, É ser maior, É ter de mil desejos o esplendor, E não saber sequer que se deseja.
É condensar o mundo num só gesto! E dizê-lo cantando a toda a gente!
Não sou alegre nem triste,
Sou Poeta!
Rui Fernandes, 9ºE |
Ser poeta É ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija!
E há poetas que são artistas E trabalham nos seus versos.
Eu canto porque o instante existe E a minha vida está completa.
A poesia não é um dialecto Para bocas irreais É Uma ilha Cercada De palavras Por todos Os lados
É talvez o sussurro daquele insecto De que ninguém sabe os sinais.
Ana Carrilho, Ângela Salgado e João Cunha, 9ºE |
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Concerto de Poesia – alguns poemas
O que é a poesia?
A poesia não é um dialecto Das palavras banais. É talvez o sussurro daquele insecto De que ninguém sabe os sinais.
O que é o poeta?
Ser poeta é ser mais alto É ser maior É não saber sequer que se deseja É condensar o mundo num só grito. Isabel e Joana, 9ºB |
Sentou-se à minha frente, Como qualquer outro, E como qualquer outro, Começou a estremecer. Mas eu não posso esperar tanto tempo, Porque eu conheço o silêncio, E isto não é silêncio, É condensar o mundo num só gesto.
E eu canto porque o instante existe. Como qualquer outro De que ninguém sabe os sinais. Graça e Marta, 9ºB |
Decidi que vou ser poeta
Estou sozinho diante da página em branco Ter que pôr verso sobre verso E a minha vida está completa.
O meu pai diz que não há carreira específica Quando a única coisa artística é a terra toda. Ser poeta é ser mais alto, é ser maior E há poetas que são artistas!
Isto é outro poema Que é uma conquista Para bocas irreais Não sou poeta o nobre doido que julgais. Elsa e Gil, 9ºB
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O que é a poesia?
A poesia não é um dialecto… É uma ilha cercada de palavras Como se fosse uma princesa Com as sépalas sobre a mesa.
Que é a poesia? É ter que pôr verso sobre verso Como um carpinteiro nas tábuas!... Num silêncio insurrecto. Ângela e João Durães, 9ºB |
quarta-feira, 27 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Síntese do episódio Tempestade
sábado, 16 de maio de 2009
Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação 2009
Celebra-se anualmente, a 17 de Maio, o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação. Este ano, as comemorações foram subordinadas pela União Internacional das Telecomunicações (UIT) ao tema «Protecção das crianças no ciberespaço», com o objectivo de lançar uma discussão alargada sobre a necessidade de garantir que as crianças possam aceder à Internet e aos seus valiosos recursos com segurança e sem receio de caírem nas mãos de predadores sem escrúpulos do ciberespaço.
O dia 17 de Maio foi eleito como Dia Internacional das Telecomunicações porque, nesse dia, em Paris, em 1865, foi fundada a União Telegráfica Internacional, que na década de 1930 transformou-se na União Internacional de Telecomunicações (UIT). A partir daí, o simbolismo das barreiras de tempo e espaço foi superado. O principal instrumento dessa transformação, que marcou o final do século XX e o alvorecer do século XXI, foram as telecomunicações, que constituem uma infra-estrutura essencial ao desenvolvimento económico, social e das actividades culturais, políticas e religiosas.
Há datas importantes que remetem aos primórdios das telecomunicações:
1791 - Claude Chappe faz em Paris, as primeiras demonstrações do funcionamento do telégrafo óptico.
1794 - A construção da linha telegráfica Paris-Lille é concluída com o emprego do telégrafo óptico de Chappe.
1800 - Alessandro Volta, físico italiano, inventa a pilha eléctrica.
1832 - Samuel Morse inventa o telégrafo eléctrico (patenteado em 1840). O telégrafo óptico já tinha atingido cinco mil km de linhas na França.
1850 - França e Inglaterra ligam seus portos (Calais e Dover), no canal da Mancha, por cabo submarino para transmissões telegráficas.
1854 - David Hughes, físico inglês, inventa um telégrafo impressor, o teletipo.
1865 - A União Telegráfica Internacional é fundada em Paris, em 17 de Maio. Em 1930, transforma-se na União Internacional de Telecomunicações (UIT), com sede em Genebra.
1876 - Alexander Graham Bell obtém a patente da invenção do telefone, concedida no dia 10 de Março.
1878 - O primeiro telefone público do mundo é instalado nos Estados Unidos.
1895 - Guilherme Marconi produz o primeiro aparelho de rádio.
1896 - Marconi obtém, em Londres, a primeira patente mundial para o telégrafo sem fios.
1920 - Nasce a radiodifusão.
1926 - As primeiras demonstrações de televisão são realizadas por Baird, na Inglaterra, e pelos Laboratórios Bell, nos Estados Unidos.
1928 - Baird faz as primeiras transmissões de televisão em cores.
1930 - A primeira vídeo-conferência pública é efectuada em Nova York.
1936 - A estação Britsh Broadcasting Corporation (BBC) inicia suas transmissões regulares de TV, em Londres.
1939 - O americano Guilherme González Camarena demonstra, na Cidade do México, o funcionamento da primeira TV em cores, embora Baird seja considerado pioneiro.
1946 - O Electronic Numerical Integrator and Calculator (Eniac), primeiro computador eletrônico do mundo, começa a funcionar na Universidade da Pensilvânia, utilizando 18 mil válvulas a vácuo.
1947 - Três cientistas dos Laboratórios Bell inventam o transistor.
1951 - Os norte-americanos fazem a primeira transmissão de um programa de TV em cores do mundo.
1952 - O cinerama é apresentado pela primeira vez publicamente.
1957 - O primeiro satélite artificial, o Sputnik-I, é lançado pela ex-união das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
1962 - O primeiro satélite mundial de telecomunicações, o Telstar, é construído pelos Laboratórios Bell.
1969 - A nave Apollo-XI é lançada ao espaço e o ser humano pisa pela primeira vez na Lua, em 20 de julho, com transmissão ao vivo pela TV.
1978 - A telefonia móvel celular é activada no Japão.
Esse avanço da tecnologia fez do presente uma era em que as relações internacionais se transformaram em uma necessidade social e económica. É comum que um grande número de pessoas dos países desenvolvidos viaje para todos os cantos do planeta, tornando imprescindível o estudo de idiomas, aproximando povos e culturas. Caem as barreiras comerciais e a economia desenvolve-se num mercado mundial. Os satélites artificiais e a fibra óptica permitem que todo tipo de informação - imagem, som, ou texto - circule quase instantaneamente entre os países. Essa rede de telecomunicações, constituída pelas info-vias, vem produzindo, cada vez mais, mudanças significativas no modo de vida das sociedades.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Adamastor VS Mostrengo
Quer Luís de Camões, quer Fernando Pessoa, dois dos maiores poetas portugueses, realçam nas suas obras Os Lusíadas e Mensagem, respectivamente, a importância dos Descobrimentos portugueses para Portugal e para o mundo, dando especial destaque para o dobrar do Cabo das Tormentas, a partir daí conhecido como o Cabo da Boa Esperança, pelas perspectivas de novas terras que a partir de então se poderiam conhecer. A oposição da Natureza aos intentos dos Portugueses é metaforicamente representada tanto por Luís de Camões, através do Adamastor, como por Fernando Pessoa, que recorre ao Mostrengo para retratar esses medos. O Adamastor é um episódio de Os Lusíadas situado no Canto V, no momento em que Vasco da Gama narra a sua viagem de Lisboa até ao Canal de Moçambique ao Rei de Melinde. "O Mostrengo" é um poema que se situa na segunda parte de Mensagem, " Mar Português", momento em que Fernando Pessoa retrata os Descobrimentos portugueses, realçando a ânsia pela conquista do desconhecido e o esforço heróico da luta com o mar. |
Caracterização do Adamastor / Caracterização do Mostrengo
Ambas as figuras são disformes, poderosas e aterrorizadoras.
O Adamastor surge de uma nuvem com uma figura " robusta e válida", como um monstro horrendo de tamanho descomunal, " De disforme e grandíssima estatura "; rosto severo e barba suja, desalinhada; olhos "encovados" e negros; cabelos " cheios de terra e crespos"; " boca negra" e " dentes amarelos". Apresenta uma " cor terrena e pálida", tem uma " postura medonha e má" e a sua voz é horrenda e grossa, " pesada " e amarga.
O Mostrengo é caracterizado como uma figura que voa e chia, " imundo e grosso", que habita em cavernas, que pode ser entendido como metáfora dos perigos do mar.
Discurso do Adamastor/ Discurso do Mostrengo
O Adamastor inicia o seu discurso com um tom assustador, como se pode notar, por exemplo, em: " E da primeira armada, que passagem/ Fizer por estas ondas insofridas, /Eu farei de improviso tal castigo,/ Que seja mor o dano que o perigo!" ( est. 43, vv.5-8)
De igual modo, no discurso do Mostrengo nota-se uma forte agressividade e um tom de ameaça, como é evidente em expressões, tais como: "Quem vem poder o que só eu posso, / Que moro onde nunca ninguém me visse / E escorro os medos do mar sem fundo?" ( vv.14-16)
Todavia, deixa transparecer uma certa admiração e espanto, tal como o Adamastor, por este povo aventureiro que ousou o que jamais algum ser humano o fizera: " Ó gente ousada, mais que quantas/ No mundo cometeram grandes cousas,/ (...) Pois os vedados términos quebrantas/ E navegar meus longos mares ousas" (est. 42, vv.1-6)
É de notar a presença de funestas profecias por parte do Adamastor e que contribuem para intensificar o momento de terror que está a ser vivido pelos argonautas portugueses:" Antes, em vossas naus vereis, cada ano,/ (...)/ Naufrágios, perdições de toda a sorte, / Que o menor mal de todos seja a morte!" ( est.44, vv. 5-8 )
Contudo, no final deste episódio, o Adamastor deixa de lado a figura assustadora e medonha para dar lugar a um ser sofredor e castigado, mostrando assim uma faceta muito humana. Se por um lado representa uma figura causadora de sofrimento, por outro assume-se como um ser vítima de um fracasso amoroso: "Da mágoa e da desonra ali passada, / A buscar outro mundo, onde não visse/ Quem de meu pranto e de meu mal se risse." (est.57,vv.6-8) e " Comecei a sentir do fado immigo,/ Por meus atrevimentos, o castigo." (est.58, vv.7-8)
Pelo contrário, o mostrengo não é autor de profecias e mantém a sua postura horrenda do princípio ao fim, tendo sido vencido pela coragem e determinação dos Portugueses.
Reacção de Vasco da Gama e seus homens / Reacção do homem do leme
A aparição do gigante mitológico, a que Luís de Camões chamou Adamastor e Fernando Pessoa o Mostrengo, suscitou reacções semelhantes.
Vasco da Gama e os seus homens começam por sentir receio perante a visão horrenda do Adamastor: " Arrepiam-se as carnes e o cabelo / A mi e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo" (est.40, vv.7-8). No entanto, esse sentimento é depois substituído por uma certa admiração: " Lhe disse eu : " Quem és tu ? Que esse estupendo / Corpo, certo, me tem maravilhado !" " ( est. 49, vv. 3-4 ).
Tambem, no poema de Fernando Pessoa, o homem do leme revela sentimentos de temor e receio: "E o homem do leme tremeu e disse" (v. 17 ). Mas após as primeiras hesitações do homem do leme que sente vontade de fugir, de largar o leme, este acaba por reunir toda a sua determinação e permanecer no seu posto : "Três vezes do leme as mãos ergueu, / Três vezes ao leme as reprendeu" (vv.19-20 ) . Ele sente que essa não é apenas a sua vontade, mas a do povo português por ordem de D. João II: " Aqui ao leme sou mais do que eu : / Sou um Povo que quer o mar que é teu/ E mais que o Mostrengo, que me a alma teme / E roda nas trevas do fim do mundo, / Manda a vontade, que me ata ao leme, / De El-Rei D. João Segundo " (vv. 22 a 27 ).
O temor causado por esta figura não demoveu nem o homem do leme nem Vasco da Gama dos seus propósitos, terminando o episódio d'Os Lusíadas com um apelo de Vasco da Gama, pois mais horrendo que o aspecto do Adamastor eram as suas profecias para o futuro, tanto que pediu a Deus que lhes evitasse semelhante sofrimento.
Simbologias
O Adamastor e o Mostrengo, embora associados à representação do denominado Cabo das Tormentas, são personificações do medo e do receio que os navegadores revelavam ao enfrentar o desconhecido e o nunca antes navegado. Simbolizam também as histórias fantásticas relacionadas com seres monstruosos que habitavam os mares e que destruíam todos aqueles que tivessem a ousadia de entrar nos seus domínios, histórias essas em que os navegadores da época acreditavam.
O monstro representa ainda o guardião, que se encontra a impedir o acesso ao "tesouro", obrigando assim o homem a praticar um acto heróico e a vencer o medo. Primeiro, Bartolomeu Dias e seus homens, no reinado de D. João II, superaram os seus receios e provaram ser possível navegar para além do Cabo das Tormentas, a partir daí conhecido como cabo da Boa Esperança, e Fernando Pessoa imortalizou-lhes o mérito em " O Mostrengo". Depois, Vasco da Gama e seus homens, no reinado de D. Manuel I, descobriram o caminho marítimo para a Índia, chegaram até ao "tesouro", e Luís de Camões imortalizou-os na sua obra épica. (informação disponível na web)
Síntese do episódio do Adamastor
Tipo de episódio: Simbólico
Canto: V
Plano: Viagem
Narradores: Vasco da Gama e Adamastor
Narratários: Rei de Melinde e Vasco da Gama
Simbologia do Adamastor:
a) Geograficamente, simboliza o Cabo das Tormentas;
b) Historicamente, representa as dificuldades e obstáculos que os portugueses tiveram que enfrentar nas suas viagens;
c) Mitologicamente, significa a frustração amorosa pelo amor não correspondido;
d) O castigo por enfrentar os deuses.
Estrutura do episódio:
Momentos | Estâncias | Assunto |
Introdução | 37-38 | Circunstâncias que preparam o aparecimento do Gigante. |
Desenvolvimento | 39-59 | Caracterização do Adamastor (39-40) Ameaças do Adamastor (41-48) Interpelação de Vasco da Gama (49) História do Amor por Tétis (50-59) |
Conclusão | 60 | Desaparecimento do Adamastor e pedido de Vasco da Gama ao Santo coro dos Anjos para que afastasse os castigos anunciados pelo Gigante. |
Caracterização do Adamastor:
"Hua figura, robusta e válida,
De disforme e grandíssima estrutura;
O rosto carregado, a barba esquálida,
Os olhos encovados, e a postura
Medonha e má, e a cor terrena e pálida;
Cheios de terra e crespos os cabelos,
A boca negra, os dentes amarelos."
"Tão grande era de membros…
Cum tom de voz nos fala, horrendo e grossa,…"
"…o monstro horrendo…
A boca e os olhos negros…
…com voz pesada e amara…"
domingo, 3 de maio de 2009
Síntese do episódio Batalha de Aljubarrota
Tipo de episódio: Bélico
Canto: IV
Plano: História de Portugal
Narrador: Vasco da Gama (subjectivo e omnisciente)
Causas da Guerra:
"Uns leva a defensão da própria terra,
Outros as esperança de ganhá-la."
"Outros a sede dura vão culpando
Do peito cobiçoso e sitibundo,
Que, por tomar o alheio…"
Consequências da guerra:
"Encobrem no profundo peito a dor
Da morte, da fazenda despendida,
Da mágoa, da desonra e triste nojo
De ver outrem triunfar de seu despojo"
"Que, por tomar o alheio, o miserando
Povo aventura às penas do Profundo, …"
"Deixando tantas mães, tantas esposas,
Sem filhos, sem maridos, desditosas."
segunda-feira, 27 de abril de 2009
sábado, 18 de abril de 2009
Batalha de Aljubarrota – numa versão resumida
dia 14 de Agosto de 1385, entre tropas portuguesas, comandadas por D. João I Mestre de Avis rei de Portugal e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira, e o exército castelhano de D. Juan I de Castela.
A batalha deu-se no campo de S. Jorge, nas imediações da vila de Aljubarrota, entre as localidades de Leiria e Alcobaça no centro de Portugal.
O resultado foi uma derrota definitiva dos castelhanos e o fim da crise de 1383-1385, e a consolidação de D. João I como rei de Portugal, o primeiro da dinastia de Avis ou Joanina.
A paz com Castela só veio a estabelecer-se em 1411 (séc. XV).
Mais em: Fundação Batalha Aljubarrota
sábado, 11 de abril de 2009
A Páscoa
Para os cristãos, a Páscoa é a celebração da ressurreição de Jesus Cristo. Ela é a principal festa do ano litúrgico cristão e, provavelmente, uma das mais antigas, pois surgiu nos primeiros anos do cristianismo. Por ser uma data móvel, no Hemisfério Norte (a datação da Páscoa baseia-se no calendário lunar que o povo hebreu usava para identificar a Páscoa judaica, razão pela qual a Páscoa é uma festa móvel no calendário romano), a Páscoa coincide com a chegada da primavera, assim o Pessach também é a festa do início da colheita e da chegada da nova estação.
Nos Estados Unidos, as crianças caçam o ovo no domingo de Páscoa. Os ovos cozidos e decorados com tintas, são escondidos pelos pais no quintal ou dentro de casa.
Na Bélgica e na França, o silêncio invade as cidades, pois os sinos das igrejas não tocam entre a Sexta-feira da Paixão e o Domingo de Páscoa. Diz a lenda que os sinos voam para Roma até a Páscoa e quando voltam, deixam cair ovos para que as pessoas encontrem.
Na Bulgária, há o costume de colorir ovos cozidos após a missa na Quinta-feira Santa. Também fazem pães pascais chamados kolache ou kozunak (parecidos com o Panetone). Um pão é decorado com número ímpar de ovos vermelhos e levado à igreja na madrugada de sábado. Os pães e ovos são abençoados e dados aos amigos turcos da família.
A Páscoa da Suécia lembra o dia das bruxas americano. Na quinta-feira Santa ou na véspera da Páscoa, as crianças suecas vestem-se de bruxos, visitam seus vizinhos e deixam um cartão decorado para conseguir doce ou dinheiro.
Na Índia promove-se o festival Holi, para lembrar como o deus Krishna apareceu. As pessoas dançam, tocam flautas e fazem comidas especiais. Então, é hora de visitar os amigos e experimentar o que cada um preparou. O dono da casa costuma marcar a testa de seus convidados com pó colorido.
Já na China, acontece o Ching-Ming. Durante essa festividade, as pessoas visitam os túmulos de seus ancestrais e fazem oferendas, como refeições e doces. O objectivo é deixar os ancestrais satisfeitos com seus descendentes.
Na Europa Oriental, Ucrânia, Estónia, Lituânia e Rússia, as pessoas presenteiam parentes e amigos com ovos coloridos.
Os arménios decoravam cascas de ovos intactos com figuras cristãs, da Virgem Maria e outros temas religiosos.
Em síntese: A Páscoa é uma festa antiquíssima, presente nas mais diversas culturas, mas com dois pontos comuns: a celebração da vida e o amor ao próximo.
FELIZ PÁSCOA
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Síntese do episódio de Inês de Castro
1- Tipo de episódio: Lírico
2- Canto: III
3- Plano: História de Portugal
4- Narrador: Vasco da Gama (omnisciente e subjectivo)
5- Argumentos de Inês:
a) Oposição entre a crueldade dos homens e piedade dos animais selvagens pelas crianças (est.126);
b) Não é humano matar uma donzela inocente (est.127);
c) Invocação da sua fraqueza da sua inocência e da orfandade dos seus filhos (est.127);
d) Pedido de clemência (est.128);
e) Sugestão de exílio na Cítia ou na Líbia; ou entre os leões e tigres (129);
6- Evolução psicológica de D. Afonso IV:
1º Determina matar Inês, por causa do murmurar do povo e do filho que não se queria casar com outra mulher (est.122-123);
2º Condói-se de Inês quando a vêm as crianças (est.124);
3º O Rei é persuadido pelo povo com falsas e ferozes razões (est.124);
4º Depois de a ouvir, queria perdoar-lhe (est.130);
5º O povo convence o Rei a matá-la (est.130);
7- Características da tragédia clássica presentes no episódio de Inês:
a) Personagens de alta estirpe social: Depois de ser morta foi rainha (est.118)
b) Presença de sentimentos de piedade e horror:
Já movido a piedade (est.124); horríficos algozes (est.124); brutos matadores (est.132); férvidos e irosos (est.132); olhos piedosos (est.125).
c) Presença do destino que castiga personagens inocentes: Que a fortuna não deixa durar muito… (est.120); E o seu destino (que desta sorte o quis) (est.130)
d) Existência de um ponto culminante
Decisão de matar e morte de Inês (est.130-132)
e) Existência de um coro que vai comentando as partes mais trágicas.
contra uma dama, ó peitos carniceiros, Feros vos amostrais e cavaleiros? (est.130)
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Inês e os poetas
Inês Morreu
inês morreu e nem se defendeu
da morte com as asas das andorinha
pois diminuta era a morte que esperava
aquela que de amor morria cada dia
aquela ovelha mansa que até mesmo cansa
olhar vestir de si o dia a dia
aquele colo claro sob o qual se erguia
o rosto envolto em loura cabeleira
pedro distante soube tudo num instante
que tudo terminou e mais do que a inês
o frio ferro matou a ele.
Nunca havia chorado é a primeira vez que chora
agora quando a terra já encerra
aquele monumento de beleza
que pode pedro achar em toda a natureza
que pode pedro esperar senão ouvir chorar
as próprias pedras já que da beleza
se comovam talvez uma vez que os humanos
corações consentiram na morte da inocente inês
E pedro pouco diz só diz talvez
satanás excedeu o seu poder em mim
deixem-me só na morte só na vida
a morte é sem nenhuma dúvida a melhor jogada
que o sangue limpe agora as minhas mãos
cheias de nada
ó vida ó madrugada coisas do principio vida
começada logo terminada.
Ruy Belo. A Margem da Alegria, in Obra Poética.
sexta-feira, 27 de março de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
Dia do Estudante
AMORES DE ESTUDANTE (HINO ACADÉMICO)
São como as rosas de um dia,
Os amores de um estudante
Que o vento logo levou.
Pétalas emurchecidas
Deixam no ar um perfume,
De um sonho que se sonhou.
Capas negras de estudante,
São como asas de andorinha
Enquanto dura o Verão.
Palpitam sonhos distantes,
Alinhados nos beirais
No palácio da ilusão.
Refrão
Quero
Ficar sempre estudante,
P'ra eternizar
A ilusão de um instante.
E sendo assim,
O meu sonho de Amor
Será sempre rezado,
Baixinho dentro de mim.
Os amores de um estudante
São frágeis ondas do mar,
Que os ventos logo varreram.
Pairam na vida um instante
Logo descem, depois morrem
Mal se sabe se nasceram.
Mocidade, Oh! Mocidade,
Louca, ingénua e generosa
E faminta de ilusão
Que nunca sabe os motivos
De quanto queira o capricho
Ou lhe diga o coração.
Refrão
sábado, 21 de março de 2009
Dia Mundial da Poesia
sexta-feira, 20 de março de 2009
Cronologia dos Descobrimentos Portugueses
D. João I, 1383-1433
1394 - Nasce no Porto D. Henrique, o Navegador, infante português, filho de D. João I.
1385 - Aclamação de D. João I que é proclamado rei pelas Cortes de Coimbra. Expansão marítima. Batalha de Aljubarrota.
1415 - Início dos Descobrimentos Portugueses.
1415 - Conquista de Ceuta.
1419 - Os Portugueses descobrem o arquipélago da Madeira.
1424 - Expedição às ilhas Canárias.
1427 - Os Açores são propostos à colonização.
D. Duarte, 1434-1437
1434 - Gil Eanes atinge o Cabo Bojador, limite sul das terras conhecidas.
Regência do Infante D. Pedro e rei D. Afonso V, o Africano, 1441-1481
1438 - Regência de D. Pedro, tio do jovem rei D. Afonso V, o Africano.
1445 - Dinis Dias descobre o Cabo Verde.
1453 - Gomes Eanes de Zurara: a Crónica e Descoberta da Conquista da Guiné.
1456 - Descoberta do arquipélago do Cabo Verde.
1460 - Falece D. Henrique, o Navegador. Pero de Sintra atinge a Serra Leoa.
1471 - Descoberta das ilhas do Príncipe e de São Tomé. Conquista de Tânger por Afonso V.
1472 - Gaspar Corte Real descobre Terra Nova.
1473 - Lopes Gonçalves ultrapassa o Equador.
D. João II, 1482-1495
1487 - Bartolomeu Dias atinge o Cabo da Boa Esperança.
1493 - Bula pontifical dividindo o mundo em dois hemisférios.
1494 - Tratado de Tordesilhas entre Portugal e a Espanha para a repartição dos territórios coloniais.
D. Manuel I, 1495-1521
1498 - Vasco da Gama chega a Calecut, na Índia.
1500 - Descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral. Dias chega a Madagáscar.
1501 - Envio da segunda Armada ao Brasil.
1506 - Lourenço de Almeida chega a Ceilão.
1509 - Os Portugueses entram Sumatra.
1511 - Diogo Álvares, o Caramuru, na Baía.
1514 - Jorge Álvares atinge a China, por Cantão.
1519 - Fernão de Magalhães toca no Rio de Janeiro.
D. João III, 1521-1557
1524 - Nasce Luís de Camões.
1526 - Os Portugueses estabelecem-se em Bornéu.
1534 - Inicia-se a colonização do Brasil com a criação das primeiras capitanias.
1542 - Rodrigues Cabrilho em Califórnia.
1543 - Os Portugueses no Japão.
1554 - Fundação de São Paulo, pelos Jesuítas.
1557 - Os Portugueses estabelecem-se em Macau.