sábado, 27 de setembro de 2008

TIPOLOGIAS TEXTUAIS (I)

1. Texto Narrativo

Categorias da Narrativa
From: profteresa



P Pcategorias Narrativa
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Plano Nacional de Leitura



As obras seleccionadas...

Casting, de Jordi Sierra i Fabra

Contos Orientais, de Marguerite Yourcenar

Principezinho, de Antoine de Saint.Exupéry



Boas Leituras!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Conto de Autor

O primeiro conto de autor que estudaremos intitula-se O Sexto Filho e foi escrito por Vergílio Ferreira.

Sobre o autor:
Nasceu em Melo, no concelho de Gouveia, em Janeiro de 1916, filho de António Augusto Ferreira e de Josefa Ferreira. A ausência dos pais, emigrados nos Estados Unidos, marcou toda a sua infância e juventude. Após uma peregrinação a Lourdes, e por sugestão dos familiares, frequenta o Seminário do Fundão durante seis anos. Daí sai para completar o Curso Liceal na cidade da Guarda. Ingressa em 1935 na Faculdade de Letras a Universidade de Coimbra, onde concluirá o Curso de Filologia Clássica em 1940. Dois anos depois, terminado o estágio no liceu D. João III, nesta mesma cidade, parte para Faro onde iniciará uma prolongada carreira como docente, que o levará a pontos tão distantes como Bragança, Évora ou Lisboa.
Este homem reuniu em si diversas facetas, a de filósofo e a de escritor, a de ensaísta, a de romancista e a de professor. A sua produção literária reflecte uma séria preocupação com a vida e a cultura. Este escritor confessou em A Invocação ao meu Corpo (1969) trazer em si a força monstruosa de interrogar, mais forte que a força de uma pergunta. Porque a pergunta é uma interrogação segunda ou acidental e a resposta a espera para que a vida continue. Mas o que eu trago em mim é o anúncio do fim do mundo, ou mais longe, e decerto, o da sua recriação. Este pensador tecia reflexões constantes acerca do sentido da vida, sobre o mistério da existência, acerca do nascimento e da morte, enfim, acerca dos problemas da condição humana. Ainda nos restou o imenso homem, que ficou dentro da obra, pois, como o próprio declarou, o autor nunca pode ser dissociado da sua obra porque nela vive, respira e dela fica impregnado. Vergílio entregava-se à escrita de corpo e alma, tinha essa obsessão; após a qual se sentia vazio, mas depois de um livro voltava a renovar-se para dar corpo a outro. Escrever, escrever, escrever. Toma-me um desvairamento como o de ébrio, que tem mais sede com o beber para o beber, ou do impossível erotismo que vai até ao limite de sangrar. Escrever. Sentir-me devorado por essa bulimia, a avidez sôfrega que se alimenta do impossível (Pensar, 1992).A obra de Vergílio Ferreira recebeu influências do existencialismo de Satre, de Marco Aurélio, Santo Agostinho, Pascal, Dostoievski, Jaspers, Kant e Heidegger. Os clássicos gregos e latinos como Ésquilo, Sófocles e Lucrécio, também assumiram uma importância vital nos pensamentos deste escritor .

Obras publicadas:


Ficcção: 1943 O Caminho fica Longe ; 1944 Onde Tudo foi Morrendo; 1946 Vagão "J" ; 1949 Mudança; 1953 A Face Sangrenta; 1953 Manhã Submersa; 1959 Aparição; 1960 Cântico Final; 1962 Estrela Polar; 1963 Apelo da Noite; 1965 Alegria Breve; 1971 Nitido Nulo; 1972 Apenas Homens; 1974 Rápida, a Sombra; 1976 Contos; 1979 Signo Sinal; 1983 Para Sempre; 1986 Uma Esplanada Sobre o Mar; 1987 Até ao Fim; 1990 Em Nome da Terra; 1993 Na Tua Face; 1996 Cartas a Sandra.


Ensaios: 1943 Sobre o Humorismo de Eça de Queirós; 1957 Do Mundo Original; 1958 Carta ao Futuro 1963 Da Fenomenologia a Sartre; 1963 Interrogação ao Destino, Malraux; 1965 Espaço do Invisivel I; 1969 Invocação ao Meu Corpo, 1976 Espaço do Invisivel II; 1977 Espaço do Invisivel III; 1981 Um Escritor Apresenta-se; 1987 Espaço do Invisivel IV ; 1988 Arte Tempo.


Diários: 1980 Conta-Corrente I; 1981 Conta-Corrente II; 1983 Conta-Corrente III; 1986 Conta-Corrente IV; 1987 Conta-Corrente V; 1992 Pensar; 1993 Conta-Corrente-nova série I; 1993 Conta-Corrente-nova série II; 1994 Conta-Corrente-nova série III ; 1994 Conta-Corrente-nova série IV .


O que disse Vergílio...

O melhor de uma verdade é o que dela nunca se chega a saber.

Escrever é ter a companhia do outro de nós que escreve.

O amor afirma, o ódio nega. Mas por cada afirmação há milhentas de negação. Assim o amor é pequeno em face do que se odeia. Vê se consegues que isso seja mentira. E terás chegado à verdade.

Não penses que a sabedoria é feita do que se acumulou. Porque ela é feita apenas do que resta depois do que se deitou fora.

Ama o impossível, porque é o único que te não pode decepcionar.

Falar alto para quê? Poupa as forças, fala baixo. Poderás talvez assim ser ouvido ainda, quando os outros que falam alto se calarem estoirados.

Ser inteligente é ser desgraçado. O imbecil é feliz. Mas o animal também.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Literatura de transmissão oral

Para além do conto popular, há outros textos que se incluem na literatura de transmissão oral:

A lenda: relato oral ou escrito de acontecimentos reais ou fictícios do passado, que pertence ao património cultural do povo

O provérbio: máxima ou sentença de carácter prático e popular; breve e sugestivo a nível dos sentidos.

A fábula: narrativa alegórica, em forma de prosa ou verso, cujos personagens são geralmente animais com características humanas, sustentam um diálogo, cujo desenlace reflecte uma lição de moral. É uma narrativa inverosímil, com fundo didáctico.
Quando os personagens são seres inanimados, objectos, a fábula recebe o nome de apólogo. A temática é variada e contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de presunçosos.


Uma lenda…de Guimarães

Egas Moniz, o Aio

Conta a lenda que, por altura do cerco a Guimarães, Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques, decidiu negociar a paz com o monarca castelhano Afonso VII. A troco da paz prometeu-lhe a vassalagem de D. Afonso Henriques e dos nobres que o apoiavam. Afonso VII aceitou a palavra de Egas Moniz.
Um ano depois, D. Afonso Henriques quebrou o prometido e resolveu invadir a Galiza.Vestidos de condenados, Egas Moniz e a sua família apresentaram-se na côrte de D. Afonso VII, em Castela, pondo nas mãos do rei as suas vidas como penhor da promessa quebrada. O rei castelhano, diante da coragem e humildade de Egas Moniz, decidiu perdoar-lhe. Ao entregar-se, Egas Moniz ressalvava a sua honra e também a de Afonso Henriques, assegurando através da sua astúcia a futura independência de Portugal. (Fonte: Infopédia)

sábado, 13 de setembro de 2008

O Sonho

pelo Sonho é que vamos
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
Pelo Sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma dêmos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

- Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama, Pelo Sonho é que Vamos


Assim escreveu este grande pedagogo.

Neste último ano do 3º ciclo, também te interrogarás:

Iniciar o 9º ano é um sonho, a conclusão de um sonho ou a aproximação a um sonho maior?

Finalmente começou...


o novo ano lectivo!!!


Recomeçar é sempre bom, recomeçamos esperando mil coisas novas e interessantes; rever os amigos e fazer novas amizades; muito sucesso (aquele que conseguimos a custo no ano anterior); professores fixes e pouco trabalho. Ups! Este último talvez não. O 9º ano é um ano de muiiiiito trabalho ou não tivéssemos à nossa espera um espectro assustador lá bem no fim do ano - o Exame Nacional.

Mas antes de começar, leiamos o que disse Miguel Torga

Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo,
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
Diário XIII